O Wellhub, plataforma de saúde e bem-estar corporativo, anunciou em janeiro sua nova liderança no Brasil. Com grande experiência de mercado e com passagens de destaque por empresas como Giraffas e Kimberly-Clark, além de ser peça-chave na expansão da ONG Gerando Falcões, Ricardo Guerra assumiu o cargo de CEO da marca no país.

Desde 2016 na companhia, o executivo tem uma trajetória interna de nove anos de experiência em mercados estratégicos da América Latina, Estados Unidos e Europa. Na liderança de equipes de vendas, sucesso do cliente e engajamento de colaboradores, o novo líder do Wellhub em território nacional assume a posição em um momento de ascensão da empresa, que, segundo ele, acaba de ter o melhor mês de janeiro de sua história.

Diante do cenário positivo da marca, Guerra tem a missão de ampliar esse crescimento. Os planos para isso, ele conta em entrevista exclusiva para o RH Pra Você. Confira o papo!

RH Pra Você: Ricardo, antes de tudo, qual é a sua visão de negócio? Como é o Ricardo executivo?

Guerra: Eu sou apaixonado por pessoas. Por trabalhar com pessoas, para elas e por elas. E isso tem tudo a ver com a nossa missão, com a nossa marca. Já estou na empresa há nove anos. Trabalhei na área de relacionamento com o cliente e desenvolvi várias das nossas estratégias de engajamento, que fazem com que o nosso programa funcione. Fiz a expansão do Wellhub (antigo Gympass) fora de São Paulo, levando-o para diversas regiões do país.

Conheci bastante as empresas brasileiras e vi acontecer a realidade de que todas podem ter um programa de bem-estar que funciona de verdade. Vejo empresas com culturas melhores, pessoas mais saudáveis, com mais bem-estar.

Quando fui para a Argentina, foram implementadas a mesma missão e cultura. Com um time muito talentoso, conseguimos triplicar o mercado em 2019. E foi incrível ver que a nossa metodologia, nascida no Brasil e fruto do aprendizado com muitos clientes, podia ser replicada em outros países.

Nos últimos quatro anos, liderei a área global, que desenvolve e inova em metodologias a fim de engajar colaboradores dos nossos clientes. Então, todos os times de engajamento estavam comigo, e desde clientes pequenos até os gigantes em países como EUA, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália, permitiram o encaixe da nossa metodologia de bem-estar. Foi muito bom ver isso e fazer isso acontecer como brasileiro, numa empresa brasileira e com metodologia brasileira.

Minha carreira e minhas conquistas são graças a um conjunto de várias pessoas que me ajudaram, me ensinaram e me apoiaram. Construímos juntos. Tive a sorte e o privilégio de participar de times muito talentosos.

RPV: Isso mostra bem o quanto o Wellhub se tornou não só um parceiro de empresas e pessoas em vários países, mas também uma referência em saúde e bem-estar, correto?

Guerra: Hoje, nós somos um case de transformação, de bem-estar. Agora, aqui no Brasil, vamos continuar essa trajetória de sucesso, garantindo que continuaremos executando com perfeição a nossa cultura para, junto aos nossos talentos, levar essa transformação aos clientes. Criar uma cultura de bem-estar que envolva colaboradores e seus familiares traz sustentabilidade e consolidação.

O grande desafio é garantir que todas as empresas saibam que devem ter um programa de bem-estar que funcione para valer, com dados e KPIs. Isso traz retorno para elas e para seu time. Levar às pessoas uma vida melhor traz às organizações mais performance, produtividade e redução de custos.

RPV: Como é a aproximação com as empresas no Brasil? Nota-se, na prática, maior engajamento das marcas e das pessoas quando o assunto é saúde ou ainda é muito mais papel do que ação?

Guerra: De quando eu rodava o Brasil, há sete, oito anos, para hoje, melhorou bastante [o panorama das ações de saúde]. Temos clientes há muito tempo conosco e, naturalmente, com eles o processo é mais avançado. Nós temos uma pirâmide de desenvolvimento do bem-estar dentro dos clientes. Com ela, analisamos os estágios que as empresas estão. Hoje, há muito mais empresas próximas do patamar ideal do que há alguns anos. Entende-se mais a importância do bem-estar. [As ações] vão de acordo com a capacidade de priorização de cada negócio para encontrar maneiras de colocar o programa em prática.

Não é algo somente financeiro. Depende também da boa vontade de cada líder de transformar a cultura. Uma coisa é contratar os nossos serviços, colocando à disposição app, mais de 30 mil academias, o outro é a liderança estar junto nesse salto, nessa transformação cultural. Vários CEOs lideram as excursões com a gente e estão envolvidos junto aos RHs. Isso é um fator fundamental.

Uma empresa que não tem um programa de bem-estar, é uma empresa que está atrasada.

RPV: Você trouxe à tona a importância dos dados para corroborar a eficiência de um programa de bem-estar. Quais vocês podem compartilhar que mostram a importância das marcas buscarem essas iniciativas?

Guerra: [Com base em dados coletados pelo Wellhub], dos RHs e líderes que constroem bons programas de bem-estar, há a percepção por 99% deles de que a produtividade, de fato, aumentou. Dos que fizeram ROI, 93% manifestaram que o programa gerou economia. Além disso, 99% destacam que o ROI de ações de bem-estar é positivo. 91%, por sua vez, classificaram que o programa de bem-estar é muito ou extremamente importante para a aquisição de talentos.

Não existe a menor dúvida para as empresas pensarem se devem ou não ter um programa de bem-estar e saúde.

Na nossa pesquisa, desta vez falando com os colaboradores, 92% acreditam que o bem-estar é tão importante quanto o salário. É muito comum haver cada vez mais casos de pessoas saindo de empresas porque não encontram as condições ideais para trabalhar. Já 94% levam em conta o programa de bem-estar na busca pelo próximo emprego. Felizmente, o que envolve saúde já vem se tornando senso comum. A missão é entender como agilizar a agenda de bem-estar das empresas.

RPV: Como construir um bom programa de saúde e bem-estar? O que os RHs e, principalmente, marcas que estão começando agora a olhar para isso, devem fazer?

Guerra: Há duas variáveis importantes que o RH tem que entender: a dificuldade de implementar e a quantidade de pessoas que você consegue atingir. Se você desenvolve um programa que parece incrível, mas se resume a poucas pessoas ou poucas áreas, você tira uma foto, divulga e parece até ‘bonitinho’. Mas o RH precisa entender que há práticas de simples implementação – como uma boa comunicação e uma boa plataforma que te entrega todas as dimensões do bem-estar – para atingir a grande maioria de sua população. Olhando para isso, por exemplo, nós desenvolvemos serviços para todos os perfis. Empresas pequenas podem contar com nosso programa.

A tecnologia ajuda, mas ela não é o principal. O que importa mais é a transformação cultural.

RPV: Ricardo, o que vem por aí sob a sua liderança?

Guerra: Tivemos o melhor janeiro de nossa história. Sou apenas mais um colaborador num time de talentos, esse é o principal ponto. Ao mesmo tempo, sou a pessoa que se compromete a guiar a cultura, os valores e o desenvolvimento das pessoas. Hoje, impactamos a vida de mais de 4 milhões de colaboradores, um número o qual temos muito orgulho, porque são pessoas que levam uma vida melhor. Somos responsáveis em contribuir pela melhoria na cultura de saúde e bem-estar de mais de 20 mil empresas. Para mim é uma grande responsabilidade e uma grande honra.

Queremos continuar mostrando que as empresas têm muito a ganhar contando com a gente. Tudo o que fazemos é feito com uma enorme felicidade. Não tem segredo: é continuar investimento na missão, na cultura e nos talentos da empresa. Para 2025, queremos transmitir ainda mais a mensagem do bem-estar.