Inovação Interna: estratégias para fomentar o espírito Intraempreendedor
Desenvolver potencial empreendedor nos remete para o foco do empreendedorismo interno ou ao intraempreendedor, porque é dentro da empresa que estão nossos melhores profissionais.
Talvez seja difícil identificá-los, mas a flexibilidade, a autoconfiança e, em suma, muito da postura empreendedora está presente em nossos profissionais. Mas não bastam essas características é preciso mais para alcançar resultados!
Por exemplo, a inovação, fator de extrema importância, não ocorre facilmente dentro das empresas. Não ocorre porque as ideias podem existir, mas a inovação não se restringe às ideias. É necessário que ideias transformem-se em fato através da implementação. A ideia ou a invenção é parte da inovação.
A ação e a implementação são o complemento indispensável do sucesso!
Precisamos de pessoas que façam!
Ou seja, nada substitui o fazer! Precisamos de pessoas que façam! Prestem muita atenção a esta afirmação: “uma boa ideia não sobrevive sem alguém apaixonado por ela!”
Identifique os apaixonados porque eles perseguirão os objetivos, com prazer e tenacidade!
Por isso os empreendedores internos são determinantes, nos dias de hoje, para a inovação e desenvolvimento. E essa não é uma ideia nova. O conceito foi criado em 1985 por Gifford Pinchot III, por meio do seu best-seller "Intrapreneurship – porque você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor".
Em suma, as empresas precisam desenvolver os perfis empreendedores, mas para isso não é suficiente ter interesse e boa vontade. Temos que promover um ambiente propício e assimilar que o perfil empreendedor mantém algumas manias difíceis de serem administradas no ambiente organizacional.
Estamos nos referindo ás características típicas de qualquer perfil empreendedor, como por exemplo:
O Quebrador de regras
É conhecido o comportamento de “quebrador de regras” que o empreendedor manifesta. Na maioria dos casos esse comportamento é sinônimo de independência, persistência ou até, decorrência dos “dribles” que ele precisa dar nos entraves burocráticos das organizações para alcançar seus resultados.
É uma característica muito especial que faz com que esses profissionais corram risco para conseguir seus objetivos. No entanto esta característica enfrenta muita rejeição, até por motivos lógicos. Dessa forma precisamos manter a figura do “patrocinador do empreendedor” que acompanha e administra as eventuais dificuldades e deslizes do processo.
Dificuldade em depender de decisões hierárquicas
Outra questão recorrente refere-se à dificuldade do empreendedor corporativo em depender de decisões hierárquicas. Esses profissionais requerem muita autonomia para ficar na dependência das liberações de suas chefias.
Costuma-se até dizer que eles preferem pedir desculpas a pedir permissão, o pode ser explicado pelo fato de que até que suas visões se tornem reais, ninguém entende, perfeitamente, aonde ele quer chegar. Sem dúvida uma das condições básicas para o desenvolvimento
de perfis empreendedores é que recebam delegação para desenvolver o seu trabalho. O patrocinador do empreendedor (uma figura importante no processo de desenvolvimento de empreendedores) deve acompanhar à distancia, o desenvolvimento das ações.
Visão de longo prazo
Manutenção de uma visão de longo prazo é outra dificuldade. Isso decorre do fato de que a empresa pode mudar o foco de ação a qualquer momento fazendo com que o empreendedor perca a utilização livre de sua intuição. Eles nunca sabem se seus projetos não serão bloqueados por qualquer razão administrativa.
Não é um perfil de fácil adaptação à empresa e vice e versa. Mas esse é um caminho de novas soluções e precisaremos trabalhar algumas revisões dos processos organizacionais. Precisamos interferir no que queremos que seja o amanhã.
Esse fator de mudança sistemática não é só uma tendência é, praticamente, uma realidade atual a que todas as empresas precisarão atuar. Em suma, é um bom desafio para a sobrevivência. Assim também é com a nossa espécie. Precisamos mudar, sempre.
Mais um empecilho?
Outro empecilho é a dificuldade de que os empreendedores internos reutilizem os ganhos de seus sucessos. É fato notório (em todas as pesquisas sobre o assunto) que os empreendedores, de maneira geral, encontram prioritariamente sua motivação na satisfação de uma necessidade pessoal de realização, mais do que com qualquer recompensa financeira.
Eles têm noção de que o ganho financeiro é consequência do sucesso da ideia. Mas se eles não conseguem reinvestir seus resultados em seus novos desafios pode levá-los a se tornarem empreendedores de uma única ideia!
E ainda, como trabalhar com os fracassos?
Sabemos que não são todas as tentativas que serão bem sucedidas, mas não podemos nunca deixar de continuar tentando. Percebam, então, que não basta dar oportunidade para que seus profissionais desenvolvam o perfil empreendedor que sua empresa tanto necessita.
Ambiente que permita o desenvolvimento do intraempreendedor
É necessário criar-se um ambiente que permita esse desenvolvimento. Mas além desse fato temos que ressaltar os diversos perfis que fazem parte do processo de inovação. Mas, além da competência técnica, pelo menos em nível adequado, deverá estar presente uma forte habilidade de transito, negociação e parcerias de resultados.
Então teremos um perfil mais técnico, outro mais político e outro mais gestor, como o empreendedor de franquias.
Empreendedor de franquias
O franqueado tem um espaço de manobra um pouco mais limitado em termos de mudanças do empreendimento, já que a marca franqueadora estabelece alguns padrões para serem seguidos.
Evidentemente que o espaço do franqueado ainda é bastante amplo na medida de que é ele quem faz a conexão com o mercado e com os clientes da sua região de atuação e, nesse ponto, ele é estratégico.
Independentemente das estratégias de divulgação e marketing do franqueador é o franqueado quem estabelece a relação e as parcerias da região e é ele quem capta e cativa a clientela próxima.
Ele é o dono do seu pedaço e, dessa forma, tem um bom espaço de manobra nessa relação. Diria que uma das competências chave do franqueado e o nível de relacionamento que ele detém com a comunidade e sua disposição para desenvolver essa competência.
Admito que precise gostar, mesmo que não tenha todas as características.
Mas é um perfil determinante para os resultados. Não se faz resultados apenas com ações de marketing. É necessário entregar, sejam produtos, seja relacionamento e atenção. São questões fundamentais nos dias de hoje e na fixação da imagem da marca.
Por Bernardo Leite, Consultor Organizacional, longa experiência executiva em nível gerencial e diretivo. Psicólogo especializado em Comportamento Organizacional. Atua em consultoria desde 1980, e possui robusta participação no mercado com palestras, artigos, pesquisas e estudos sobre comportamento organizacional e gestão. Palestrante, escritor, coaching personalizado para executivos. Um dos maiores especialistas em Avaliação de Desempenho, em todos os segmentos, incluindo Empresas Públicas.
🎧Ouça o episódio 196 do podcast RH Pra Você Cast, “Os desafios – e as recompensas – do empreendedorismo feminino”.
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Juliana destaca que a comunicação é crucial para o sucesso empresarial. Muitas empresas enfrentam dificuldades nessa área, tornando-a um desafio significativo.
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