A importância do desenvolvimento contínuo nas empresas: como funcionários e a própria companhia se beneficiam dessa prática
Concluir os estudos é a meta de qualquer aluno que se lança numa jornada de ensino. Mas não seria a aprendizagem um processo contínuo? Seguro dizer que sim. Todo saber adquirido ao longo da vida estudantil é extremamente importante, não há dúvidas. No mercado de trabalho, é essencial transformar teoria em prática, aprofundar conhecimentos e investir no desenvolvimento contínuo.
Essa prática permite transformar conteúdos genéricos em conhecimentos especializados, mantendo-se relevante e preparado para desafios futuros.
Cada empresa, região, cargo ou função demanda competências específicas. No cenário ideal dos negócios, essa capacitação torna-se ainda mais eficaz quando promovida internamente. Além disso, ela se alinha às necessidades da organização e aos interesses e aspirações profissionais dos colaboradores.
Lifelong Learning: estratégia para crescimento e retenção
Essa prática tem nome: Lifelong Learning. Embora possa parecer uma estratégia atual, o conceito se popularizou na segunda metade do século XX, quando a UNESCO e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) passaram a defender a ideia de que a educação não deve se restringir à infância e à juventude. Nos anos 2000, com o avanço da tecnologia, esse modelo se consolidou como o ideal para o crescimento profissional e pessoal.
Embora algumas empresas ainda tenham dificuldades para diferenciar investimento de gasto — especialmente quando se trata de educação —, elas parecem ser minoria. O Relatório de Aprendizado do LinkedIn de 2024 revelou que 90% das organizações estão preocupadas com a retenção de talentos e entendem que oferecer oportunidades de desenvolvimento é a melhor estratégia.
Ao mesmo tempo, cerca de 94% dos profissionais afirmam que permaneceriam mais tempo em uma empresa que investisse em desenvolvimento, como mostrou o relatório do LinkedIn sobre Aprendizagem no Local de Trabalho.
Efeito novidade e desenvolvimento de talentos nas empresas
Há uma explicação biológica nesse fenômeno, conhecida como o “efeito novidade”. O cérebro humano é naturalmente programado para buscar desafios e novos aprendizados. A química envolvida nesse processo estimula a motivação, gera prazer e promove a sensação de realização – fatores que impactam diretamente a produtividade nas empresas e contribuem para a saúde da mente.
Recentemente, o jornal colombiano El Tiempo destacou a importância de romper com a rotina e evitar repetição constante de atividades como forma de manter o cérebro ativo e saudável.
Essa combinação de fatores tem levado diversas empresas a implementarem programas estruturados de capacitação. Em alguns casos, esse movimento avança ainda mais com a criação de um setor dedicado exclusivamente para esse fim. Fizemos isso na MRV. A Diretoria de Desenvolvimento Humano ganhou um núcleo especializado, onde mais de 20 colaboradores atuam na concepção e execução de projetos educacionais.
As ações começaram em 2011, com o lançamento do Porta de Entrada – Trainee, um programa robusto de formação voltado para jovens talentos. Desde então, o setor tem ampliado suas ações com o apoio de parceiros como a Fundação Dom Cabral, e hoje abriga diversos programas de educação continuada, entre eles o PDL – Programa de Desenvolvimento de Líderes.
Educação Contínua: estratégia para transformação organizacional
Olhar para essas iniciativas é uma boa estratégia para empresas que buscam melhorar o desempenho de suas equipes. No entanto, acredito que a melhor fonte de inspiração está nas próprias demandas internas.
Foi assim que nasceu o Decola, nosso programa de aceleração de carreira oferecido durante o expediente. Ele atende tanto à área corporativa, com foco na formação de novos gestores.
Por outro lado, também alcança a área operacional, onde, por exemplo, um analista pode passar por um treinamento intensivo para se tornar engenheiro. Em vez de buscar talentos no mercado, decidimos investir no desenvolvimento de quem já está conosco. Dessa forma, apostamos no potencial das pessoas para assumir posições mais estratégicas.
A educação como porta de entrada para o mercado de trabalho não é novidade. Mas a educação contínua dentro desse mercado é que talvez ainda encontre resistência. Quem sabe os próprios beneficiários desses projetos não ajudem a mudar o cenário com seus depoimentos? É um processo de amadurecimento organizacional, que exige tempo, visão e abertura para o novo.
Por Junia Galvão, graduada em Ciências Contábeis, pós-graduada em Gestão Financeira e Negócios Internacionais pela Fundação Dom Cabral, pós-graduada em Recursos Humanos e em Sistemas de Informação. Trabalhou de 1996 até janeiro de 2007 na RM Sistemas, vendida à Totvs S.A., como diretora administrativo-financeira, nas áreas administrativa, financeira e contábil. Foi eleita para o cargo de Diretora Executiva de Administração e Controladoria da Diretoria Executiva da MRV.
🎧 Ouça o episódio 155 do RH Pra Você Cast:
“O impacto da Geração Z nas relações de trabalho”
Esteja pronto para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que essa nova realidade nos apresenta. Afinal, a colaboração entre gerações é o caminho para um ambiente de trabalho mais rico e produtivo.
A dinâmica do ambiente de trabalho está em constante evolução, e hoje, mais do que nunca, essa transformação é evidente com a coexistência de quatro gerações distintas no mundo corporativo. No episódio 155 do RH Pra Você Cast, exploramos o impacto significativo que a Geração Z tem nas relações de trabalho. Vamos mergulhar nesse tema e entender como líderes e profissionais de RH podem se adaptar para melhor atender às necessidades dessa nova geração.
A Geração Z: Quem São Eles?
- Introdução à Geração Z: A Geração Z, composta por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, traz consigo uma mentalidade única. Sobretudo são nativos digitais, cresceram em um mundo conectado e têm expectativas diferentes em relação ao trabalho e à vida profissional.
- Desafios e Reflexões: Esses jovens questionam o status quo, valorizam a diversidade e buscam propósito em suas carreiras. Com efeito, como as empresas podem se adaptar a essas características e criar um ambiente inclusivo e inspirador?
O Papel da Gestão de Pessoas
- Compreendendo as Expectativas: A gestão de pessoas precisa ir além das políticas tradicionais. Assim, é fundamental entender o que a Geração Z busca em um emprego: flexibilidade, desenvolvimento contínuo e um propósito alinhado aos seus valores.
- Parceiros Estratégicos: Para ser eficaz, a gestão de pessoas deve se tornar um verdadeiro parceiro estratégico para esses jovens profissionais. Isso envolve oferecer oportunidades de aprendizado, feedback construtivo e um ambiente que promova a colaboração.
Conversa com a Especialista
Neste episódio, tivemos o privilégio de conversar com a doutora Thaís Giuliani, especialista em Geração Z. Com efeito, ela compartilhou insights valiosos sobre como as empresas podem atrair, reter e desenvolver jovens talentos. Além disso, Thaís é consultora, mentora, escritora e criadora da plataforma Geração Zimago.
Portanto, se você quer entender melhor como a Geração Z está moldando o futuro do trabalho e como sua empresa pode se preparar para essa mudança, não deixe de ouvir o episódio completo!
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