Mulheres e saúde mental: os impactos da sobrecarga e desigualdade no trabalho
Ser mulher no mercado de trabalho vai muito além de cumprir prazos e entregar resultados. Envolve mulheres e saúde mental, equilibrando múltiplas funções e, muitas vezes, colocando o próprio bem-estar em segundo plano. Além das pressões corporativas, mulheres ainda acumulam responsabilidades domésticas e familiares, impactando diretamente a saúde mental e resultando em jornadas duplas ou até triplas.
Inegavelmente, esse cenário tem reflexos diretos na saúde mental e emocional, contribuindo para um problema cada vez mais frequente: o burnout.
Segundo o último levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS), os atendimentos de mulheres representaram 71,76% do total de casos de burnout no Brasil. Com efeito, em 2023, dos 393 atendimentos relacionados ao burnout realizados no SUS, 282 foram de pacientes do sexo feminino. A síndrome do esgotamento profissional é caracterizada pelo estresse excessivo no trabalho e pode ter implicações físicas e psicológicas graves, como ansiedade e depressão.
Além da sobrecarga de funções, as mulheres ainda enfrentam desigualdade de gênero dentro das empresas. A falta de reconhecimento, a disparidade salarial e a sobrecarga emocional tornam o trabalho um desafio constante para a saúde mental feminina. Sem um suporte adequado, esses fatores podem aumentar a sensação de esgotamento e desvalorização.
Você sabe reconhecer os sinais de alerta?
Sensação constante de cansaço e esgotamento, dificuldade de concentração, queda na produtividade, alterações no sono e no apetite, irritabilidade, falta de paciência e sensação de fracasso ou desvalorização são alguns dos indícios de que algo não vai bem. Se esses sintomas fazem parte da sua rotina, é essencial adotar estratégias para melhorar seu bem-estar.
Como cuidar da saúde mental no trabalho?
Para preservar sua saúde mental, estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal é fundamental. Muitas vezes, as mulheres se sentem culpadas por tirar um tempo para si, mas esse equilíbrio é essencial para a produtividade e a qualidade de vida.
Praticar atividades que aliviem o estresse, como exercícios físicos, meditação ou momentos de lazer, também pode fazer diferença no dia a dia. Contar com uma rede de apoio, seja de amigos, familiares ou colegas de trabalho, ajuda a lidar com desafios e a reduzir o peso da sobrecarga emocional. Além disso, se a pressão estiver excessiva, buscar a orientação de um profissional de saúde mental é uma decisão importante para recuperar o bem-estar.
Cuidar da saúde mental não é apenas uma necessidade, mas um pilar fundamental para uma carreira de sucesso e uma vida equilibrada.
Neste Dia Internacional da Mulher, além de celebrar conquistas, reflita sobre a importância do seu bem-estar emocional. Priorizar sua saúde mental é um ato de força e autovalorização. Que tal, hoje, dar o primeiro passo para cuidar mais de você? Você não está sozinha!
Por Denise Luiza Francisquetti, Psicóloga e consultora em Gente & Gestão. Especialista em Análise de Perfil Comportamental, com expertise em Avaliação Psicológica e Psicossocial, focando no Mapeamento de Competências Comportamentais e no Desenvolvimento de Lideranças e Equipes.
🎧 No episódio 168 do RHPraVocê Cast, mergulhamos na discussão sobre a presença dos sentimentos emocionais no ambiente corporativo. Por que esse tema é tão espinhoso? E como as emoções afetam o engajamento, a produtividade e as finanças das empresas?
O Desafio de Abordar Emoções no Trabalho
Falar sobre os sentimentos emocionais no escritório é como navegar por um território delicado. Afinal, a felicidade, a tristeza e outras emoções permeiam cada aspecto da jornada profissional. Mas como lidar com elas de forma construtiva?
O Papel do Líder e do RH
Nossa conversa destaca o papel crucial dos líderes e do departamento de Recursos Humanos. Certamente, eles têm a responsabilidade de criar um ambiente onde as emoções sejam reconhecidas, compreendidas e gerenciadas. Afinal, emoções impactam diretamente o desempenho e o bem-estar dos colaboradores.
Entrevista com Especialistas
Neste episódio, convidamos duas especialistas da Coppead/UFRJ: Paula Chimenti, Professora e Coordenadora do Centro de Estudos em Estratégia e Inovação, e Fernanda Souza, doutoranda e pesquisadora. Assim elas compartilham insights valiosos sobre como abordar o tema dos sentimentos emocionais nas organizações.
Confira o episódio completo. Em suma, descubra como a gestão dos sentimentos emocionais pode ser um diferencial competitivo para as empresas!
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