Atrofiamento mental, “apodrecimento na cama” e despreparo profissional. Caro leitor e cara leitora, os termos citados não são exatamente os mais positivos e felizes, mas fique tranquilo e tranquila, o GiroRH não chega em clima de velório, muito pelo contrário. A palavra-chave de hoje é: reflexão. Será que estamos nos descuidando demais em nossa rotina?
Entenda melhor todo esse papo no GiroRH da semana. Partiu:
Bed Rotting
O ano era 2023 – falando assim, até parece que foi há muito tempo – quando uma nova trend começou a ganhar força no TikTok, principalmente entre os mais jovens: #bedrotting. Traduzida de forma literal como “apodrecimento na cama”, a prática consiste em ficar longos períodos na cama – alguns realmente longos – somente deitado ou mexendo no celular.
E por que estamos falando em 2025 de uma hashtag que teve o seu ápice no final de 2023? Porque o hábitdo com psicólogos, o bed rotting, apesar do nome, até pode ter um lado positivo em algumas circunstâncias, especialmente para alívio do estresse e para momentos de desconexão e de recarregar as baterias. No entanto, muitas vezes o “ficar na cama” está ligado à desmotivação e à falta de energia para realizar tarefas do dia a dia. Portanto, mais do que uma simples “preguiça”, a repetição constante da prática pode indicar – ou até mesmo causar – doenças físicas, mentais e dificuldade para se relacionar com outras pessoas.
Especialista em soft skills, a Top Voice do LinkedIn, Alê Filippini, tem algumas recomendações para que essa ‘tendência’ não seja, de fato, um malefício. Entre elas, destaca:
- Estabelecimento de uma rotina regular, com horários para acordar e dormir;
- Prática de atividades físicas;
- Limitação do uso de telas;
- Procura por apoio.
Quem nunca deu uma enrolada a mais na cama, que atire a primeira pedra. Mas com que frequência você faz isso? E por quanto tempo dura esse “relaxamento”? Vale a reflexão.
Inteligência se perdendo?
A inteligência artificial pode ser uma vilã para a inteligência humana? Segundo um estudo, por mais que elas tragam muitas facilidades ao dia a dia pessoal e profissional, sim. De acordo com a Microsoft e a Universidade Carnegie Mellon, responsáveis por uma análise com 319 voluntários que trabalham com atividades intelectuais, o uso constante das IAs pode “deteriorar faculdades cogntivas que deveriam ser preservadas”.
Os pesquisadores identificaram que o uso das IAs para atividades muito triviais, como a revisão de um texto, interfere diretamente na prática e no desenvolvimento do pensamento crítico e independente. O impacto é sentido em situações de menor impacto e é ainda maior quando envolve tarefas mais complexas.
Na visão dos especialistas, a IA não necessariamente “vai nos emburrecer”, uma vez que, ao longo da história, a evolução tecnológica é responsável por uma longa jornada de substituição de tarefas outrora humanas. No entanto, eles apontam que “as preocupações não são infundadas”, já que as IAs podem levar as pessoas a não questionarem respostas ou contextos errôneos.
Profissionais despreparados?
Com o aumento no uso da IA – olha ela aqui de novo – e o fenômeno da “pejotização” no mercado de trabalho brasileiro, o profissional de hoje precisa desenvolver novas habilidades e experiências para se manter competitivo. É o que explica Hubert Basques, atual CEO do Grupo Kefraya e ex-diretor geral da FAAP, ao relatar como a dificuldade dos recém-formados em se estabelecer em um bom emprego recai, em parte, na ausência de disciplinas que ensinem essas novas competências.
O mercado de trabalho brasileiro não absorve toda a mão de obra qualificada, com formados em graduação ocupando vagas para nível médio. Apenas 1 em cada 10 consegue um emprego condizente com sua formação, segundo levantamento dos ministérios da Educação e do Trabalho. Na visão do executivo, o principal desafio da educação superior é preparar profissionais com habilidades práticas, soft skills e uma boa base teórica para atender às demandas do mercado.
“Quando falamos em educação superior, não podemos apenas focar no ensino teórico. O aluno precisa sentir que está aplicando o conhecimento de forma real. No caso da medicina, por exemplo, ao usar uma peça anatômica fresca para treinar cirurgias, ao invés de utilizar as tradicionais peças conservadas em formol, aproxima o aluno do mundo real, proporcionando ao estudante um desenvolvimento técnico muito mais evoluído”, explica o CEO.
Ao longo da semana, publicamos aqui no RH Pra Você um estudo do LinkedIn que demonstra bem o quanto a busca por talentos se tornou um desafio. Para 72% dos RHs, encontrá-los virou uma tarefa bem complicada no último ano. E esse não foi o único dado alarmante.
Passou da hora das formações se adaptarem às mudanças do mercado?
Saúde mental
De acordo com o estudo "Saúde Mental", realizado pelo Instituto QualiBest — pioneiro em pesquisas online no Brasil —, 85% da amostra acredita que o mercado de trabalho contribui, de alguma forma, para o surgimento de doenças emocionais. Para 34% dos participantes, o trabalho foi diretamente responsável por questões emocionais em suas vidas.
O levantamento também revela que os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento dessas doenças emocionais são: a sobrecarga de tarefas (41%), a baixa remuneração (37%) e a falta de empatia das empresas quando um profissional enfrenta problemas pessoais (34%).
Por outro lado, ações como uma boa remuneração (48%), apoio psicológico (37%) e investimento em capacitação e especialização dos funcionários (29%) são vistas como positivas pelos trabalhadores, fortalecendo a relação com a empresa.
Mas se o trabalho é o problema, ele também pode ser a solução. Confira dicas importantes da nossa colunista, Rosalina Moura, para a saúde mental não ser um assunto nas mesas de reunião, mas uma prática que faz bem a todos no ambiente profissional.
Teste da Bochechinha
No mês de conscientização sobre doenças raras, a TOTVS anuncia a partir de 2025 a inclusão do inovador Teste da Bochechinha em seu Programa de Acompanhamento de Gestantes, reforçando seu compromisso com a saúde e o bem-estar de suas pessoas e suas famílias. Além de uma série de benefícios já oferecidos, mães e pais de recém-nascidos passam a contar com este exame genético de última geração, capaz de identificar mais de 540 doenças raras, muitas delas silenciosas e com tratamento disponível.
Realizado pela Mendelics, laboratório responsável pelo desenvolvimento do Teste da Bochechinha no Brasil e pioneiro no diagnóstico genético de doenças raras por NGS (Sequenciamento de Nova Geração) na América Latina, esse teste é uma evolução – não substituição – do tradicional teste do pezinho. O exame é feito através de amostra de saliva do bebê, sendo rápido e indolor, analisando 14 grupos de doenças, como endócrinas, hematológicas, neurológicas, esqueléticas, neoplasias etc.
GiroRH
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Por Bruno Piai