O número de jovens inseridos no mercado de trabalho por meio da Lei do Aprendiz (Lei nº 10.097/00) alcançou, em 2024, um recorde histórico, sendo o maior registro desde sua implementação. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que 91.621 jovens aprendizes foram contratados no período, representando um crescimento de 12,29% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 81.580 ingressos.
O setor de logística vem se destacando na criação de oportunidades para esses jovens, especialmente para aqueles com mais de 18 anos. Um exemplo é o Grupo IBL - companhia que atua há 25 anos na área de operação logística, com transportes aéreos de cargas nos segmentos farmacêutico, eletrônico e alimentício. Atualmente, a companhia mantém 21 jovens aprendizes nessa faixa etária em seu quadro de colaboradores.
O Grupo IBL oferece vagas abertas para a unidade de São Paulo e outras em Recife (PE), destinadas a atividades administrativas em áreas como Financeiro, Almoxarifado, Jurídico, Compras, Tecnologia da Informação, Frotas e Departamento Pessoal, sem necessidade de experiência prévia.
Com mais de dez anos de participação no Programa Jovem Aprendiz, a marca tem se beneficiado dessa iniciativa para formar talentos e moldar profissionais alinhados ao perfil desejado pela companhia.
De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos do Grupo IBL, Regilane Assunção, a empresa tem como tradição apostar em jovens e, inclusive, muitos colaboradores que iniciaram suas carreiras como aprendizes, foram efetivados. “Há grandes possibilidades de efetivação. Ao longo dos anos, tivemos diversos jovens que construíram suas trajetórias na IBL e continuam conosco, gerando excelentes resultados", diz.
Além de formar novos talentos, o programa traz benefícios fiscais para as empresas e contribui para o desenvolvimento profissional dos jovens em um ambiente protegido, proporcionando aprendizado prático e teórico. “O Jovem Aprendiz transita por diferentes departamentos, aprendendo diversas tarefas, o que amplia suas competências e habilidades para o mercado de trabalho. É uma fase introdutória desafiadora, mas essencial para o desenvolvimento profissional desses jovens”, endossa Regilane.
Conheça a Lei da Aprendizagem
Estabelecida pela Lei Nº 10.097/2000 e regulamentada pelo Decreto 9.579/2018, a Lei do Aprendiz determina que estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar aprendizes entre 14 e 24 anos. A cota é fixada entre 5% e 15% do número de funcionários da empresa. Além de proporcionar experiência profissional, reforça vínculos entre a educação e o trabalho, reduzindo a evasão escolar e o índice de desemprego. O principal benefício para as companhias é ter mão de obra mais qualificada e, para os jovens, é aproveitar a chance de crescimento profissional.
Além de FGTS com alíquota de 2%, o Jovem Aprendiz tem direito ao salário-mínimo-hora (observando-se, caso exista, o piso estadual), vale transporte, 13° salário e férias. O Manual da Aprendizagem do Ministério do Trabalho e Emprego esclarece que a contratação de aprendizes pode ser feita diretamente pela empresa ou também pelas entidades sem fins lucrativos que ministram cursos de aprendizagem, como no caso do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).
Por Redação