A diversidade e a equidade de gênero no mundo corporativo têm avançado lentamente, apesar de serem parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O estudo "Women in the Workplace 2024" da McKinsey indica que a diversidade de gênero aumenta em 25% a probabilidade de um desempenho superior, mas a equidade ainda está longe de ser alcançada, especialmente nos cargos de liderança. Em 2023, as mulheres ocupavam 38% dessas posições no Brasil, segundo a FIA Business School, enquanto sua presença em diretorias e no C-level caiu para 28%, uma redução de cinco pontos percentuais em relação a 2022. O cenário é ainda mais desafiador para mulheres negras: uma pesquisa do Pacto Global da ONU e da 99jobs, revelou que 81% das empresas brasileiras possuem, no máximo, 10% delas em cargos de liderança.

Diante desse panorama, o Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março e oficializado pela ONU na década de 1970, se torna ainda mais relevante, já que simboliza a luta histórica das mulheres contra as desigualdades, o machismo e a violência.

Na Pernambucanas, o compromisso com a representatividade é refletido em seus números: 74% do quadro de colaboradores são mulheres, sendo 57% negras. Essa representatividade se estende aos cargos de liderança, nos quais elas ocupam 66% das posições, com 45% das líderes sendo negras. Além disso, 71% das gerências de loja são ocupadas por mulheres. Na alta liderança, a participação feminina alcança 50%. Os dados são do Censo de Diversidade – pesquisa interna realizada pela Pernambucanas, de forma anônima, com objetivo de entender o perfil dos colaboradores e promover ações voltadas à equidade.

Há cerca de seis anos, 80% dos colaboradores do Centro de Distribuição da varejista, localizado em Araçariguama, eram homens. Atualmente, as mulheres correspondem a 60% desse quadro. Além disso, houve uma mudança significativa na representatividade das mulheres em atividades tradicionalmente consideradas masculinas. Hoje, elas são maioria (55%) na função de operador (a) de empilhadeira, por exemplo. As iniciativas promovidas pela varejista que contribuíram para essa “mudança do ponteiro social” foram intencionais e envolveram o investimento em capacitação, desenvolvimento, análise das comunidades do entorno, entre outras ações.

Skills obrigatórias do RH

Representatividade em ação

A construção de um ambiente corporativo mais justo e igualitário exige ações que ultrapassem os limites da organização. Por isso, a empresa investe em iniciativas que promovem a diversidade, o respeito e a capacitação, garantindo impacto positivo dentro e fora da organização. Um dos destaques é o Grupo de Afinidade “Vozes Delas”, composto por colaboradoras de diferentes áreas, que tem a missão de identificar oportunidades de avanço e propor melhorias para ampliar a equidade de gênero.

“Poder afirmar que faço parte dessa construção aqui na Pernambucanas me enche de orgulho. Sou uma entre tantas mulheres diversas do nosso país. Aqui na empresa as oportunidades foram acontecendo e o preparo e a ambição por novas conquistas sempre andaram juntas no meu plano de vida. Como mulher, negra, nordestina, mãe, esposa, filha e profissional consigo atuar no desenvolvimento dessa grande liderança feminina formada aqui na Pernambucanas. A caminhada sempre é mais longa para nós, mulheres, mas nada pode nos parar”, ressalta Sonia da Silva Luiz, Diretora Regional e uma das líderes do grupo “Vozes Delas”.

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher deste ano, por exemplo, o grupo organizou diversas iniciativas para, não só estimular reflexões, como incentivar a autonomia econômica e social, por meio dos estudos. Para isso, desenvolveram a live Papo com Elas, com a presença de convidadas externas e internas, e sortearam às colaboradoras bolsas de estudo integrais de MBA, em parceria com a Descomplica – plataforma de ensino online e parceira da varejista na capacitação profissional do time.

Outra importante iniciativa, existente há seis anos na companhia, é o curso obrigatório de Conscientização e Combate à Violência contra a Mulher, disponibilizado a todo o time, por meio de sua Universidade Corporativa Digital. Criado internamente, o treinamento também é aberto ao público e à cadeia de valor da empresa e aborda temas como identificação de abusos, formas de apoio e os canais de atendimento disponíveis.

Para apoiar suas colaboradoras durante a maternidade, a varejista oferece benefícios como o Programa Mãe Pernambucanas, que garante acompanhamento telefônico com enfermeiras durante a gestação, isenção de coparticipação em consultas e exames, além da entrega do Kit Mãe Pernambucanas. Além disso, tanto o Centro de Distribuição quanto o escritório possuem espaço de aleitamento materno, onde é possível retirar e armazenar o leite, apoiando as mulheres e bebês nesse importante momento. 

As mães que são gerentes das mais de 480 lojas do país contam com o Programa Mobilidade e Maternidade. Com ele, as profissionais sugerem a loja que desejam trabalhar no retorno da maternidade, para que se mantenham próximas à residência ou à sua rede de apoio. Dessa forma, a companhia tem acesso à região de interesse da colaboradora e consegue aliar à viabilidade operacional da companhia.

Impacto além da empresa

A responsabilidade social da Pernambucanas não se limita apenas ao ambiente corporativo. A empresa faz parte, desde 2019, da Coalizão pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, iniciativa liderada pelo Instituto Avon e ONU Mulheres, que une esforços e recursos para gerar impacto social por meio da conscientização e mobilização, diária e constante, em favor do fim da violência contra mulheres e meninas.

Outra importante iniciativa é a participação da varejista, desde 2019, no Programa Tem Saída, uma política pública realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, em parceria com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Ministério Público do Estado de São Paulo, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e a OAB-SP. O programa tem como missão promover a inclusão econômica de mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Por meio dele, a Pernambucanas gera empregos nas lojas de São Paulo.

Existe também o apoio a organizações sociais que também trabalham diretamente essa temática. Um exemplo é a parceria com a ONG Costurando Sonhos, que está presente nas dez maiores favelas do Brasil. A varejista atua diretamente em ações que envolvem o investimento em educação, geração de renda e empoderamento das mulheres em situação de vulnerabilidade, acompanhadas pela instituição.

Por fim, a companhia também faz parte da ação Brasil sem Misoginia, promovida pelo Ministério das Mulheres do Governo Federal, que tem como objetivo construir igualdade, acabar com o feminicídio e a violência doméstica e sexual em todo o território nacional.